sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

VÓ DONAZINHA


Desde criança gosto de bordar, aprendi com minha avó Donazinha. 

Ela estava sempre "crochetando" e só parou quando a vista não ajudava mais. Fez coisas fantásticas ao longo da vida e felizmente tenho alguns trabalhos dela comigo.


Ainda pequena eu ia passar alguns dias na Fazenda onde ela morava , e como ela tinha poderes mágicos,  me ensinava a transformar retalhos de tecido em bonecas de pano .

Acho que todos nós nascemos com talentos para serem desenvolvidos e aperfeiçoados vida afora. Eu digo, com certeza, que comigo isso aconteceu com ajuda da minha avó.


Na casa dela não havia eletricidade, nada de TV... somente um rádio AM movido a pilha, onde meu avô ouvia todas as noites, as notícias do dia.

A noite,  as lamparinas iluminavam o ambiente.

A casa era enorme, me lembro ainda da  mesa das refeições... palco  de almoços deliciosos, com comida mineira que cheirava de longe!



As broas de milho... nunca mais comi como as dela! Nem as rosquinhas e biscoitos de polvilho...



Hoje entendo que esse lugar, com vida simples onde os apelos do consumo não existiam, respirando ar fresco, comendo alimentos cultivados lá mesmo , foram fontes de saúde -fazendo-a viver até os 96 anos com tanta vitalidade.

Sinto orgulho e saudade da minha avó.

Quando eu também estiver velhinha, vou poder mostrar aos meus netinhos os trabalhos que fiz!







E você, tem alguma memória da sua avó? Ainda tem em você, algum resquício dela?





19 comentários:

  1. Que lindo!
    Muito emocionante.
    Como era bom conviver com Vovó Donazina.
    Quitutes deliciosos,crochê perfeito e férias inesqueciveis.
    Ainda bem, que nossos filhos puderam usufruir do convivio com a bisávo.
    Bjos

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  2. Linda homenagem feita a Vó Donazinha, belas fotos, momentos vividos e guadardos até hoje no seu coração e que voce repassa com muita sabedoria para todos . bjos

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  3. Quantas lindas recordações!Adorei!beijos praianos,chica

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  4. Olá Ângela,
    que lindo texto e que lindas fotos.
    Revejo-me em algumas das suas palavras, acho que também foi a minha avó que me puxou para os trabalhos manuais, pois foi ela que me ensinou a coser e a tricota, quando eu era pequena. E a minha mãe conta que eu dizia que quando fosse grande queria ser costureira como a minha avó para fazer lindos vestidos para as minhas bonecas :)
    Felizmente ela ainda é viva, ainda faz muitas costuras e crochets e tem uma energia e uma sabedoria enormes, do alto dos seus 86 anos.
    É um exemplo para mim, sem dúvida, de uma grande mulher, forte, resistente, persistente, positiva, activa e sempre a tentar melhorar. Ainda hoje eu digo que quando for grande, quero ser como ela :)
    Beijinhos

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  5. Estou emocionada, chorando até, lembrando, também da minha querida vovó Tuta - muita coisa semelhante. Parabéns pela homenagem. Os trabalhos que vc "felizmente" tem da vovó Donazinha são elos que remotam à maravilhosa lembrança dos tempos em que conviveu com ela - e isto está no seu coração. Você, em versão moderna, se parece muito com ela - na alma, no espírito acolhedor, no prazer do trabalho manual e na simplicidade. E Viva a Vovó Donazinha!!!!!!
    Bjos Du

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  6. Angela,
    Minha amiga ...que homenagem linda para a sua querida Vô Donazinha !!!
    Que presente você nos dá... com imagens e recordações tão encantadoras e especiais.
    Lembro de minha avó Maria... mãe de meu pai... PORTUGUESA COM CERTEZA...era assim que ela mesma se denominava.
    Uma senhora muito prendada...que bordava,fazia crochet e tricot divinamente !!!
    É amiga ...o ditado já diz...
    A laranja não cai longe do pé !

    Um ótimo final de semana!

    Sonia Faria

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  7. Ângela,
    fiquei emocionada com se depoimento.
    Também tive o privilégio de conviver com 2 avós e duas bisavós. As quatro faziam lindos trabalhos. Aprendi a delicadeza das coisas com estas mulheres maravilhosas !
    Herdei linhas, fitas, agulhas, o Maria do nome e o prazer de trabalhar com este material.
    Obrigada por me fazer lembrar momentos preciosos da minha vida.
    Grande abraço!

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  8. Ô Gelica! Você e Vó Donazinha são gente MUITO, MUITO especial, cujas vidas, descobertas e produções merecem ser bem guardados para os futuros próximos e distantes.
    Aceita uma sugestão? Transforme em livro(s) todas as preciosidades guardadas. Seria tão bom!
    Meu imenso carinho a vocês duas, que me fazem ser um pouquinho melhor a cada novo "encontro".
    Beijos

    M Luiza

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  9. Ah, Angela que linda homenagem.

    Sua avozinha era muito linda!

    Quantas coisas bonitas você tem dela...e recordações gostosas.

    Eu também tenho muitas e muitas histórias deliciosas, herdei dela o papagaio Kikinho, e um tanto de objetos e louças, e enxoval feito por ela. Vovó também fez crochê até os 96 anos, quando começou a ficar esquecida. Ela adorava me dar suas coisinhas lindas. Ela sabia que eu cuidaria, com todo amor!!

    Querida, tenha um lindo domingo,

    beijinhos,

    Lígia e turminha :)

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  10. Angela querida, que post lindo! Não tive oportunidade de conhecer meus avós nem por parte de mãe nem por parte de pai, pois meus pais são de origem portuguesa e vieram para o Brasil com meus irmãos e eu nasci aqui. Minha mamãe quem me ensinous os primeiros passos para as costurices e outras artes. Lindas suas lembranças e estarão para sempre no seu coração. Obrigada por compartilhar essa história encantadora da sua vida. Uma semana abençoada pra você.
    Bj

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  11. Olá querida,
    Que post lindo.
    Não convivi muito tempo com minha avó, mas lembro bem da carne de panela que ela fazia, nunca mais comi nada igual e também das historias que ela contava antes de dormir, são lembranças que se leva por toda a vida.
    Beijo grande e boa semana.
    Andréa Cabral

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  12. Oi Angela... a bastante tempo estava procurando seu contato... tive um problema no computador e perdi algumas coisas... ainda bem que tenho um caderninho velho... e hoje vi seu endereço e bingo!!!! Achei seu contato de novo. Que delícia de história... é tão bom ter valores e essências e isso devemos passar para nossa posteridade. Minha vó tb foi uma guerreira, quando tinha tempo tb bordava... tenho uma toalha de mesa velhinha que ela fez ponto cruz... e não foi no etámine, pois na época isso era artigo de luxo... Bom... agora vou estar sempre por aqui...tenha um final de semana abençoado por Deus. Com carinho Regiane.

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  13. Oi Angela, senti inveja (da branca) porque não tive uma avó assim. A minha era uma véia chata, mau humorada de dar desgosto. Nunca vi a criatura dar um sorriso. Morreu cedo coitada, acho que era muito infeliz. Juro que vou ser uma avó boazinha. Bjs e parabéns por preservar as lembranças da tua avó. Eu tenho umas peças que gosto muito e guardo com carinho mas são da minha sogra. Linda ela, bem humorada, feliz. Infelizmente morreu porque todos morrem mesmo mas deixou saudades.
    Joana

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  14. Que lindo, que orgulho, que amor.
    Estou apaixonada por sua vózinha.
    Sempre verei seu blog pra me inspirar.
    Sou apaixonada por artesanato, porém ainda não tenho tempo pra me dedicar, pra aprender.
    Se Deus quiser uma dia farei.
    Parabéns, de coração!
    Um abraço,
    Amanda
    amandamcoliveira@gmail.com

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  15. Que bom que vc pode aproveitar bastante sua vózinha, infelizmente não tive a mesma sorte.
    Maravilhoso seu post, belas lembranças, belo lugar.
    Fiquem com DEUS.
    Linda semana.
    Beijo.

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  16. Oi Angela,
    lindo demais os trabalhos de sua avó, adorei as toalhas. LInda fazenda e o fogão a lenha, eu adoro tudo isso!!
    Obrigada pela visita.
    Um beijo e volte sempre!!
    Simone
    rosaserendas.blogspot.com.br

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  17. Olá Angela,que sorte a sua ter tido uma vózinha dessas,a minha que chamávamos de nonna (ela era italiana)faleceu quando eu ainda era pequena, mas me lembro muito bem dela!
    Lembro quando fui visitá-la e ela que morava a poucos quilômetros de minha cidade,me deu uma galinha que levei comigo no ônibus de volta para casa.
    Aquela galinha era tratada como um cachorro de estimação,rs.
    Bjus e obrigada pelo carinho.

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  18. Eu daria a metade da minha vida pra morar nessa casa. Linda eu amo por demais fazendas. VC foi uma criança feliz.

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